Uma das minhas séries preferidas na televisão é "Os Anos Incríveis". Eu sempre me impressionei como as histórias são as mesmas em todos cantos. Eu, que nasci lá em Vila Velha - ES, na beira da praia, vivi coisas idênticas a que viveram o personagem Kevin Arnold e sua trupe, em algum subúrbio no estado de Indiana - EUA. Eu me lembro de um episódio quando o avô do Kevin deu seu velho carro de presente pra ele com o seguinte dito: "Um homem não é um homem sem um carro". E olha, o velho tinha razão.
Eu me dei conta disso quando comecei a fazer bailes com a banda "Sertão 2000", quatro vezes por semana em 1994. Eu esperando o dia amanhecer pra pegar o ônibus e ir pra casa, depois de ter tocado das 11:00 às 4:00h, carregando guitarra, pedaleira, mala... Olha, que cimento! Eu juntei dinheiro que nem um louco e um ano depois consegui comprar meu primeiro carro, uma Belina do meu amigo Joni Grapeia. Depois foi um fusquinha Bordeux que capotou e quase me levou antecipadamente pra outra vida, dois Gols e um Uno Mille que foi do meu pai e que por fim acabou financiando minha vinda pros EUA.
Aqui carreguei minha cota de cimento, ficando 6 meses sem carro, o que foi até divertido nos dois primeiros meses, até o frio chegar, mas depois disso deixou de ser. Aqui não é possível viver sem carro, não só por causa do frio e de ser tudo longe, mas principalmente porque transporte público, com exceção de cidades como Chicago e New York, não existe.
Depois da novela do meu Social Security que só saiu em janeiro, consegui enfim tirar minha carteira de motorista, depois de ter que ir ao Driver Service (Detran) umas 5 vezes. Você acredita que a vaca que me aplicou o teste me reprovou??!! Fala sério mano, eu dirijo tem 15 anos. Mas a minha tese é que foi o motivo foi preconceito. Ela falou pra mim: "Por favor entre no carro e lfsjkdkfsl o vidro". Eu falei, "o que?". Ela repetiu: "Por favor entre no carro e ksjkjdkgjsk o vidro". Eu continuei sem entender. Pro pessoal mais avoado, tipo geminianos, a conversa toda foi em inglês viu! Bom, ai ela disse, "olha, eu vou repetir pela última vez, está claro??!!" "Yes, yes madam". Ah bixo, a mesma coisa! Eu então fingi que entendi entrei no carro e abri o vidro....e ... ufa... era pra fazer isso mesmo :) No fim ela me reprovou porque eu parei umas vezes em cima de uma faixa que tem aqui. Então tá!
A driver's licence aqui é tipo uma carteira de identidade. Quando você entra num bar tem que mostrar pra provar que tem mais de 21, mesmo se for um velhinho! E o dia que o cara do bar estava olhando minha carteira de motorista brasileira de cabeça pra baixo! Vai ser burro assim na China, ops, nos EUA! Bom, agora não preciso mais passar por isso.
Com isso finalmente comprei meu carro. É um Nissan Altima 98 com tudo automático que você pensar, apesar de metade dos botões não funcionar! O carro, por exemplo, não tranca! hahaha mas aqui não dá nada não. Ele está com 108 mil milhas o que pro ano não é muito, principalmente aqui, onde os carros são muito rodados. Paguei U$2250.00 A título de comparação no Brasil um carro desses 95, segundo a tabela FIPE custaria cerca de US6770.00 (dólar a R$2,30).
Dirigir aqui é muito tranquilo. Na cidade é preciso tomar muito cuidado porque tem polícia por todo canto e qualquer bobeada os caras te param. Por outro lado não tem radar. Mas nas estradas tem muitos carros de polícia à paisana e eles tem um radar portátil. Conheço várias pessoas que já tomaram multa. É complicado, porque o limite nas estradas é 65 milhas/hora (105km/h). Bom eu geralmente ando a 70-75 :)
Tem algumas coisas que são bem diferentes. Você pode, por exemplo, avançar o sinal vermelho se for converter à direita. Mesmo sabendo disso, sempre me dá aquela sensação de estar fazendo algo errado. Outra coisa, você normalmente pode parar no meio da pista pra converter à esquerda, depois que os carros passarem. É meio esquisito mas funciona, principalmente porque os motoristas são muito educados. Então todo mundo espera bonitinho sua vez pra passar e o melhor de tudo, não tem pressão. Cara, na estrada é uma maravilha. Aqui não tem aqueles maníacos que ficam colando na traseira, dando farol alto, pedindo passagem desesperadamente. Eu não vi ninguém fazendo isso nas estradas e principalmente aqui em DeKalb. Realmente posso dizer que dirigir aqui é uma experiência bem pouco estressante, se comparado ao Brasil e muito mais barato também. Os pedágios mais caros que vi custam U$1.60 e a gasolina custa (agora) menos de U$2.00 o galão, o que segundo minhas contas, considerando 1 dólar = R$2,30, dá R$1,20 por litro!
Eu me dei conta disso quando comecei a fazer bailes com a banda "Sertão 2000", quatro vezes por semana em 1994. Eu esperando o dia amanhecer pra pegar o ônibus e ir pra casa, depois de ter tocado das 11:00 às 4:00h, carregando guitarra, pedaleira, mala... Olha, que cimento! Eu juntei dinheiro que nem um louco e um ano depois consegui comprar meu primeiro carro, uma Belina do meu amigo Joni Grapeia. Depois foi um fusquinha Bordeux que capotou e quase me levou antecipadamente pra outra vida, dois Gols e um Uno Mille que foi do meu pai e que por fim acabou financiando minha vinda pros EUA.
Aqui carreguei minha cota de cimento, ficando 6 meses sem carro, o que foi até divertido nos dois primeiros meses, até o frio chegar, mas depois disso deixou de ser. Aqui não é possível viver sem carro, não só por causa do frio e de ser tudo longe, mas principalmente porque transporte público, com exceção de cidades como Chicago e New York, não existe.
Depois da novela do meu Social Security que só saiu em janeiro, consegui enfim tirar minha carteira de motorista, depois de ter que ir ao Driver Service (Detran) umas 5 vezes. Você acredita que a vaca que me aplicou o teste me reprovou??!! Fala sério mano, eu dirijo tem 15 anos. Mas a minha tese é que foi o motivo foi preconceito. Ela falou pra mim: "Por favor entre no carro e lfsjkdkfsl o vidro". Eu falei, "o que?". Ela repetiu: "Por favor entre no carro e ksjkjdkgjsk o vidro". Eu continuei sem entender. Pro pessoal mais avoado, tipo geminianos, a conversa toda foi em inglês viu! Bom, ai ela disse, "olha, eu vou repetir pela última vez, está claro??!!" "Yes, yes madam". Ah bixo, a mesma coisa! Eu então fingi que entendi entrei no carro e abri o vidro....e ... ufa... era pra fazer isso mesmo :) No fim ela me reprovou porque eu parei umas vezes em cima de uma faixa que tem aqui. Então tá!
A driver's licence aqui é tipo uma carteira de identidade. Quando você entra num bar tem que mostrar pra provar que tem mais de 21, mesmo se for um velhinho! E o dia que o cara do bar estava olhando minha carteira de motorista brasileira de cabeça pra baixo! Vai ser burro assim na China, ops, nos EUA! Bom, agora não preciso mais passar por isso.
Com isso finalmente comprei meu carro. É um Nissan Altima 98 com tudo automático que você pensar, apesar de metade dos botões não funcionar! O carro, por exemplo, não tranca! hahaha mas aqui não dá nada não. Ele está com 108 mil milhas o que pro ano não é muito, principalmente aqui, onde os carros são muito rodados. Paguei U$2250.00 A título de comparação no Brasil um carro desses 95, segundo a tabela FIPE custaria cerca de US6770.00 (dólar a R$2,30).
Dirigir aqui é muito tranquilo. Na cidade é preciso tomar muito cuidado porque tem polícia por todo canto e qualquer bobeada os caras te param. Por outro lado não tem radar. Mas nas estradas tem muitos carros de polícia à paisana e eles tem um radar portátil. Conheço várias pessoas que já tomaram multa. É complicado, porque o limite nas estradas é 65 milhas/hora (105km/h). Bom eu geralmente ando a 70-75 :)
Tem algumas coisas que são bem diferentes. Você pode, por exemplo, avançar o sinal vermelho se for converter à direita. Mesmo sabendo disso, sempre me dá aquela sensação de estar fazendo algo errado. Outra coisa, você normalmente pode parar no meio da pista pra converter à esquerda, depois que os carros passarem. É meio esquisito mas funciona, principalmente porque os motoristas são muito educados. Então todo mundo espera bonitinho sua vez pra passar e o melhor de tudo, não tem pressão. Cara, na estrada é uma maravilha. Aqui não tem aqueles maníacos que ficam colando na traseira, dando farol alto, pedindo passagem desesperadamente. Eu não vi ninguém fazendo isso nas estradas e principalmente aqui em DeKalb. Realmente posso dizer que dirigir aqui é uma experiência bem pouco estressante, se comparado ao Brasil e muito mais barato também. Os pedágios mais caros que vi custam U$1.60 e a gasolina custa (agora) menos de U$2.00 o galão, o que segundo minhas contas, considerando 1 dólar = R$2,30, dá R$1,20 por litro!