Estou aqui em Dekalb - onde finalmente o tempo anda muito agradável - curtindo minha última cerveja, uma Leinenkugels, fabricada em Milwaukee. A próxima provavelmente vai ser uma Skol ou com sorte uma Original! Amanhã as 3:40pm to embarcando num voo da Continental rumo ao Galeão. Quase dez meses se passaram desde que cheguei aqui. Alguns poucos acompanharam minhas histórias, e isso me deixa contente. Bom saber que não estou sozinho.
Sinto, no fim da primeira etapa da minha jornada que enfim estou mais em paz com tudo aqui. A adaptação não é fácil. Cultura diferente, clima diferente, comida diferente, etc. Pra mim teve um agravante, o fato de sair de uma situação profissional estável, no momento em que lançava meu primeiro disco, pra uma vida de estudante, tendo que começar do zero num país estranho onde não conhecia praticamente ninguém. Não foi fácil. Também não foi fácil deixar pra trás namorada, enteada, amigos, família. Mas não me arrependo. Sempre sonhei com isso, sair do país, viajar, estudar fora, conhecer uma nova realidade. Não teria sossegado se não tivesse passado por isso. Paguei um alto preço, financeiro e emocional. Mas vim de vontade própria, enfrentando minha própria realidade acomodada e minha personalidade de canceriano que detesta mudanças e perdas. Tinha que fazer isso. Tinha que enfrentar meus medos.
Hoje me sinto mais brasileiro que nunca. Sempre carreguei essa culpa de não ter raízes. Sepre me achei americanizado, com minha paixão por Beatles, jazz e música pop. Caramba, sou branco, classe média, capixaba... Choro, samba, frevo, forró, maracatu. Onde é que eu fico nesse bolo todo? Não nasci no morro, nem em Salvador, nem no Rio de Janeiro, nem em Recife. Mas que raios, eu tenho culpa??? Mas aqui na América, vi que não sou americano não. Eu hein, povo esquisito. Mas aprendi a admirar muitas coisas aqui. Ainda estou naquela fase de análises, pensando, comparando, tentando entender. Onde eu me encaixo, o que eu gosto na cultura americana, o que eu abomino, e o mesmo em relação ao meu país. Por tem coisa no Brasil que não dá pra engolir. Cansei dessa cultura de oba-oba, do jeitinho, da corrupção generalizada e só de pensar em dirigir já me dá arrepio. Mas que saudade da descontração, da espontaneidade, do abraço, da energia, da felicidade autêntica. É complicado por que tudo meio que se mistura.
Mas olha, o meu título foi só pra chamar a atenção. Vou continuar falando minhas bobagens, ainda que mais espaçadamente. Preciso também colocar as Dekalb News antigas. É que dá preguiça... Ainda tem coisas que quero falar com mais, como por exemplo o custo das coisas e o programa de jazz da NIU. Mas agora vai ser o contrário, porque não sei como vou enxergar o
Brasil agora, nem a mim mesmo na minha volta pra casa. Bom, vou dividir esse post em dois prá ficar mais fácil
Sinto, no fim da primeira etapa da minha jornada que enfim estou mais em paz com tudo aqui. A adaptação não é fácil. Cultura diferente, clima diferente, comida diferente, etc. Pra mim teve um agravante, o fato de sair de uma situação profissional estável, no momento em que lançava meu primeiro disco, pra uma vida de estudante, tendo que começar do zero num país estranho onde não conhecia praticamente ninguém. Não foi fácil. Também não foi fácil deixar pra trás namorada, enteada, amigos, família. Mas não me arrependo. Sempre sonhei com isso, sair do país, viajar, estudar fora, conhecer uma nova realidade. Não teria sossegado se não tivesse passado por isso. Paguei um alto preço, financeiro e emocional. Mas vim de vontade própria, enfrentando minha própria realidade acomodada e minha personalidade de canceriano que detesta mudanças e perdas. Tinha que fazer isso. Tinha que enfrentar meus medos.
Hoje me sinto mais brasileiro que nunca. Sempre carreguei essa culpa de não ter raízes. Sepre me achei americanizado, com minha paixão por Beatles, jazz e música pop. Caramba, sou branco, classe média, capixaba... Choro, samba, frevo, forró, maracatu. Onde é que eu fico nesse bolo todo? Não nasci no morro, nem em Salvador, nem no Rio de Janeiro, nem em Recife. Mas que raios, eu tenho culpa??? Mas aqui na América, vi que não sou americano não. Eu hein, povo esquisito. Mas aprendi a admirar muitas coisas aqui. Ainda estou naquela fase de análises, pensando, comparando, tentando entender. Onde eu me encaixo, o que eu gosto na cultura americana, o que eu abomino, e o mesmo em relação ao meu país. Por tem coisa no Brasil que não dá pra engolir. Cansei dessa cultura de oba-oba, do jeitinho, da corrupção generalizada e só de pensar em dirigir já me dá arrepio. Mas que saudade da descontração, da espontaneidade, do abraço, da energia, da felicidade autêntica. É complicado por que tudo meio que se mistura.
Mas olha, o meu título foi só pra chamar a atenção. Vou continuar falando minhas bobagens, ainda que mais espaçadamente. Preciso também colocar as Dekalb News antigas. É que dá preguiça... Ainda tem coisas que quero falar com mais, como por exemplo o custo das coisas e o programa de jazz da NIU. Mas agora vai ser o contrário, porque não sei como vou enxergar o
Brasil agora, nem a mim mesmo na minha volta pra casa. Bom, vou dividir esse post em dois prá ficar mais fácil
Um comentário:
Bom reencontro então, Julio!
põe um pouco das suas reflexões aqui, assim eu também puxo as minhas... de brasileira moradora dos alpes.
beijo e curta muito tudo!
glauca
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