Na minha primeira sexta-feira aqui nos EUA fui com o Pete em Chicago buscar a Catina no aeroporto. DeKalb fica a 60 milhas (100km) de Chicago e as estradas são ótimas e com pedágios bem mais baratos do que em São Paulo. A diferença é, que ao contrário do eu esperava, não existe no caminho aquele conglomerado urbano como há entre Campinas – São Paulo. Aqui só tem plantação de milho. Aliás aqui se come milho de todo jeito, até frito. E tem o tal do corn dog, que eu vi aqui na Corn Fest, mas não tive coragem de encarar, preocupado com o excesso de calorias.
Depois que pegamos a Catina, já no comecinho da noite, fomos em direção ao centro de Chicago. Estacionamos o carro (U$15,00) e fomos andando em direção a um bar onde estaria tocando o brasileiro Sérgio Pires, já há 17 anos em Chicago. Eu adoro viajar e sempre fico eufórico quando conheço novos lugares. Assim foi em Maceió, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Manaus, Belo Horizonte, Brasília e até mesmo Londrina, cidade limpa e bonita. Mas nada se comparou ao que senti quando comecei a andar pela Hubbard St. Tive taquicardia!! A rua abarrotada de transeuntes, gente bonita e bem vestida jantando em mesas a beira da calcada, muitos turistas, prédio gigantescos e reluzentes, de tirar o fôlego mesmo. E o melhor de tudo, um clima leve, ninguém com medo, todo mundo feliz com o tempo primoroso no fim de semana, antes do inverno chegar. Eu definitivamente sou uma pessoa urbana. Gosto de gente, museu, prédio, cinema, música, praça, barzinho, etc; mas inseto eu não gosto não! Dos lugares que morei em Campinas, o meu preferido foi o último, ali na 14 de Dezembro esquina com a Sacramento, bem no coração da cidade!
Bom, mas voltando a Chicago. Ainda na Hubbard St, cruzamos pelo Andy’s, um jazz club e fui checar quem iria tocar. Ninguém menos que Melvin Rhine, um organista importante, e que gravou em 1959, um dos primeiros discos do Wes Montgomery, meu guitarrista de jazz favorito. Depois de darmos um pulo no bar onde estava o Sérgio, voltamos pro Andy’s correndo pra não perder o começo do show. A casa tava cheia e dividimos a mesa com uma família italiana. Pagamos U$15,00 de couvert, que aqui é sempre em cash e adiantado. O palco fica bem no centro do bar, que é bem grande pra um bar de jazz. Não sei precisar, mas deviam ter umas 200 pessoas por lá. Apesar do atendimento prosseguir normalmente, a música era a grande atração e o volume do som não permitia mesmo muita conversa. Mas quem precisa de palavras com um som desses rolando. O trio quebrou tudo e o velhinho, com 72 anos, mostrou que ainda está em plena forma. Conseguimos conversar um pouco com ele e até tiramos umas fotos.
Chicago é a terceira maior cidade dos EUA (depois de New York e Los Angeles) e fica à beira do Lago Michigan . É carinhosamente chamada de windy city, mas o vento, que logo vai começar a soprar lá do norte, não tem nada de carinhoso e eu já estou na contagem regressiva esperando por ele. Hoje aqui, que ainda é verão, teve máxima de 17C e a mínima deve girar em torno dos 8C (11C agora). Chicago também foi o destino da primeira migração do jazz, que nos anos 20 saiu de New Orleans e se dirigiu pra cá, antes de seguir definitivamente pra Nova Iorque. Mas a cidade ainda respira jazz e creio que todas as formas de artes. Na semana seguinte ao show do Melvin, aconteceu o 30th Chicago Jazz Festival (bem melhor que o Corn Fest de DeKalb), que entre outras atrações, contou com a presença de Sonny Rollins e Ornette Coleman, seguramente dois dos mais importantes músicos do gênero. Não pude ver o show deles, mas os que vi na sexta e sábado foram o suficiente. Dava gosto ver dezenas de milhares de pessoas reunidas pra ver boa música (e o povo escutava mesmo, ate as atrações mais esquisitas como algumas de jazz contemporâneo!). Famílias inteiras reunidas na grama, gente de todas as idades, velhos, crianças, etc. Foi um espetáculo. Foi bom ver Chicago a luz do dia também, e eu tenho que ser honesto, não sabia se prestava atenção na música ou na cidade.
Chicago é a terceira maior cidade dos EUA (depois de New York e Los Angeles) e fica à beira do Lago Michigan . É carinhosamente chamada de windy city, mas o vento, que logo vai começar a soprar lá do norte, não tem nada de carinhoso e eu já estou na contagem regressiva esperando por ele. Hoje aqui, que ainda é verão, teve máxima de 17C e a mínima deve girar em torno dos 8C (11C agora). Chicago também foi o destino da primeira migração do jazz, que nos anos 20 saiu de New Orleans e se dirigiu pra cá, antes de seguir definitivamente pra Nova Iorque. Mas a cidade ainda respira jazz e creio que todas as formas de artes. Na semana seguinte ao show do Melvin, aconteceu o 30th Chicago Jazz Festival (bem melhor que o Corn Fest de DeKalb), que entre outras atrações, contou com a presença de Sonny Rollins e Ornette Coleman, seguramente dois dos mais importantes músicos do gênero. Não pude ver o show deles, mas os que vi na sexta e sábado foram o suficiente. Dava gosto ver dezenas de milhares de pessoas reunidas pra ver boa música (e o povo escutava mesmo, ate as atrações mais esquisitas como algumas de jazz contemporâneo!). Famílias inteiras reunidas na grama, gente de todas as idades, velhos, crianças, etc. Foi um espetáculo. Foi bom ver Chicago a luz do dia também, e eu tenho que ser honesto, não sabia se prestava atenção na música ou na cidade.
Criançada brincando na água
30th Chicago Jazz Festival
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